samedi 27 juin 2009

Eu gosto do que a Bíblia ensina

(de Kevin DeYoung, traduzido do original em inglês)

Cristãos não devem apenas acreditar no que a Bíblia ensina, eles devem gostar do que a Bíblia ensina. Toda a Escritura não é simplesmente suportável, mas proveitosa e inspirada por Deus (2 Tim. 3:16). A lei deve ser o nosso deleite (Salmos 1:2; 119:77; Rom. 7:2). Devemos amar os mandamentos de Deus (Salmos 119:47; 1 João 5:3).

Isto significa que obediência mecânica não é o objetivo. Não queremos nos submeter aos nossos maridos por dever, ou nos sacrificarmos por nossas mulheres por obrigação, ou nos abster de sexo porque Deus é malvado e deve ser ouvido, mas porque queremos. Deus quer mais do que uma obediência resmunguenta ou conformidade externa, ele quer que nos deleitemos na lei de Deus, em nosso interior. Então preste atenção não apenas às suas vontades, mas às suas afeições.

Isto também significa que devemos acabar com linguagens pseudo-espirituais do tipo "Eu não gosto do que a Bíblia diz sobre isso, mas ainda assim eu acredito." Tolice. Embora eu ache que, no fim das contas, é melhor que alguém abrace o complementarianismo chutando e gritando ao invés de ignorá-lo, por que é que você está chutando e gritando com a Palavra de Deus, para começo de conversa? [nt. complementarianismo: visão bíblica de que homens e mulheres não são “iguais”, mas possuem papéis complementares] Eu entendo que todos nós podemos ter períodos de conflito onde lutamos para poder entender completamente e abraçar algum elemento do ensinamento bíblico. Mas, como atitude permanente, uma aceitação resmunguenta não é uma boa opção. Não confiamos que Deus é bom? Não é a lei do Senhor, nosso deleite?

Acreditar mas não gostar do que a Bíblia diz é também um refrão comum quando se trata da doutrina do inferno. Obviamente, nenhum de nós deve ficar alegre ao pensar em pecadores sofrendo em tormento eterno. Afinal, Paulo estava bastante triste com a situação dos seus parentes segundo a carne. Mas angústia a respeito das almas dos perdidos é diferente de uma opinião flutuante sobre a existência do inferno. Quando dizemos coisas como "Se dependesse de mim não haveria um inferno, mas a Palavra de Deus o ensina, então eu acredito", não estamos sendo extra-piedosos, apenas extra-insultuosos.

Primeiramente, não depende de nós. Nunca dependeu e nunca dependerá, por isso vamos tirar isso da mesa. Em segundo lugar, quando nos posicionamos dessa maneira, parece que nos consideramos melhores do que Deus, como se estivéssemos tentando ser um "bom policial" enquanto Deus é um "mau policial." Ainda, e mais importante, estamos ignorando o objetivo do inferno. Deus é glorificado no julgamento dos ímpios. Isso é um grande tabu para ouvidos pós-modernos (ou modernos), mas é verdade. Não fosse pelo inferno, a justiça de Deus não seria feita e a glória do seu nome não seria confirmada. Se nós aceitarmos a doutrina do inferno apenas resmungando, nós não aprendemos a nos deliciar na glória de Deus acima de todas as coisas. Ainda não aprendemos a orar como o nosso primeiro pedido, "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome."

A Bíblia é verdade e a Bíblia é boa. Quando aceitamos a sua verdade sem realmente gostar dela, só estamos a meio caminho da fé madura. Somos como crianças dizendo "Desculpa" enquanto olhamos para baixo, como um marido comprando flores para que sua esposa não fique zangada, como uma namorada que passa uma vista na carta do seu amado, quando ela deveria apreciar cada palavra e cada verdade em seu coração. Leia a Bíblia. Acredite na Bíblia. Delicie-se em tudo o que ela afirma. Qualquer coisa inferior a isso não é bom para a sua alma.



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