samedi 28 février 2009

Hino 155 do CC - História

Há mais de um século, nas ruas de Port Hope, Ontario, no Canadá, um homem poderia ser visto andando nas ruas carregando um serrote e um cavalete (para apoiar a madeira a ser cortada). Um dia, um homem rico o viu do outro lado da rua e comentou com um amigo, “Ele parece ser um homem sério. Acho que vou contratá-lo para cortar lenha para mim”. “Aquele é Joseph Scriven”, disse o amigo. “Ele não vai cortar lenha para você. Ele só corta lenha para aqueles que não podem pagar.” Isso resume a filosofia de Joseph Medlicott Scriven, um membro devoto da Igreja da Irmandade de Plymouth, que tentava viver o Sermão da Montanha literalmente.

Scriven nasceu em Dublin, Irlanda, em 1819. Ele se apaixonou por uma adorável jovem, mas na véspera de seu casamento, ela morreu afogada em um acidente.

Scriven nunca se recuperou totalmente do choque. Ele passou um tempo vagando, tentando esquecer a sua dor. Com 25 anos, ele finalmente se estabeleceu no Canadá.

Sua fé o conduziu a fazer trabalhos domésticos para viúvas pobres e para os doentes. Ele costumava trabalhar de graça e era considerado pelas pessoas da comunidade como um homem gentil, embora um pouco esquisito.

Após um certo tempo ele se apaixonou novamente, e planejava se casar com uma maravilhosa mulher canadense. Mas novamente, aconteceu uma tragédia. Sua noiva morreu após contrair pneumonia.

Em 1855, um amigo visitou Scriven, que estava doente. Ele descobriu um poema que Scriven havia escrito para sua mãe doente, que morava na distante Irlanda. Ele não tinha dinheiro para ir visitá-la, mas lhe enviou o poema para encorajá-la. Scriven o chamou de “Ore sem cessar”. Quando o amigo perguntou sobre a origem do poema, ele disse: “Deus e eu o fizemos entre nós”.

Scriven nunca teve a intenção de publicar o poema, mas o poema acabou circulando, e foi musicalizado em 1868 por Charles Converse, que o intitulou “Que amigo nós temos em Jesus”. Desde então ele se tornou um dos maiores hinos cristãos. Ele foi traduzido para o português por Kate Stevens Crawford Taylor, e incorporado ao Cantor Cristão, sendo o hino de no. 155: O Grande Amigo.

Scriven morreu em 1886 (ironicamente, em um afogamento acidental). À sua memória, a cidade de Port Hope, no Canadá, erigiu um monumento com uma inscrição retirada do famoso hino de Scriven: “Em seus braços nos acolhe e nos dá consolação”.

Fonte: Christianity Today, July/August 2004, Vol. 42, No. 4, Page 16

vendredi 20 février 2009

Augustinho fala a Deus da época em que o procurava, mas ainda não conhecia Jesus

De uma beleza fenomenal...

Eu procurava o meio de adquirir forças que me tornassem capaz de fruir de vós; mas eu não as podia encontrar até que eu conhecesse o mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, que sendo Deus, elevado acima de todas as coisas, e merecedor de bençãos infinitas em todos os séculos, chama-me e me diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” E como eu não tinha a força necessária para comer um alimento tão sólido, ele se revestiu de nossa natureza: o Verbo se fez carne, a fim que vossa sabedoria eterna pela qual vós criastes todo o mundo, pôde, ao se acomodar à nossa fraqueza, tornar-se um leite divino para nos alimentar em nossa infância.

Mas não sendo humilde, eu não podia conhecer o humilde Jesus Cristo, meu mestre, e eu desconhecia os profundos mistérios que a sua enfermidade nos ensina. Pois a verdade eterna, que é vosso Verbo, sendo infinitamente elevada acima das mais elevadas de vossas criaturas, eleva até ela aqueles que a ela se submetem. E tendo com o pó da terra do qual nós fomos formados, construído na mais inferior parte do mundo a casinha de sua humanidade para lá fazer a sua habitação, ele a utilizou para humilhar os orgulhosos, e os fazer passar do amor próprio ao amor que eles devem ter por ele. Desta maneira ele os curou de seu orgulho, e os encheu de uma afeição totalmente santa, para que não sendo mais levados para fora do caminho da salvação pela confiança que eles tinham em suas próprias forças, eles conhecessem sua fraqueza ao ver a seus pés um Deus tornado fraco e enfermo pela participação de nossa natureza mortal, e que afastados de seu grande desgarramento, eles se prosternassem diante desta divindade esvaziada, que ao se levantar, os levantaria também com ela.

Confissões, livro VII, capítulo XVIII