vendredi 7 août 2009

O casamento como ele foi concebido para ser

Efésios 5:22-33, Lucas 1:38, Gênesis 2:24, Deut. 22:6

John MacArthur

Nossa sociedade saturada pelo entretenimento ajuda a nutrir todos os tipos de ilusões sobre a realidade. A fantasia da relação romântica e sexual perfeita, o estilo de vida perfeito, e o corpo perfeito mostram-se todos inatingíveis, porque a realidade nunca chega ao nível da expectativa.

As piores consequências vêm em relação ao casamento. Quando duas pessoas não conseguem atingir as suas expectativas recíprocas, elas irão procurar pela sua satisfação fantasiosa no próximo relacionamento, na próxima experiência, na próxima emoção. Mas esse caminho só leva à auto-destruição e ao sentimento de vazio.

O casamento é o ápice da família, o alicerce da civilização humana. Uma sociedade que não honra e protege o casamento mina a sua própria existência. Por quê? Porque um dos projetos de Deus para o casamento é mostrar para a próxima geração como um marido e uma mulher demonstram amor recíproco, sacrificial, um com o outro.

Mas, quando maridos e esposas abandonam esse amor, o seu casamento deixa de ser o que Deus pretendia. Quando o casamento falha, toda a família se despedaça; quando a família falha, toda a sociedade sofre. E histórias de sofrimento da sociedade enchem as manchetes todos os dias.

Agora, mais do que nunca, é o momento dos cristãos declararem e colocarem em evidência o que a Bíblia declara: o padrão de Deus para o casamento e a família é o único padrão que pode produzir significado, felicidade e realização.

Instruções divinas para esposas

Uma das passagens mais explícitas da Escritura que define o padrão de Deus para o casamento é Efésios 5:22-33. As esposas frequentemente sentem o peso dessa seção, mas a maior parte da passagem lida com a atitude do marido e as suas responsabilidades com a sua esposa. No entanto, aqui está a responsabilidade da esposa perante o Senhor:

Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor. Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos (v. 22-24).

Submissão em nada implica uma diferença em essência ou valor; ela se refere, no entanto, a uma submissão voluntária de si mesmo. Esposas, a submissão deve ser sua resposta voluntária à vontade de Deus – a submissão é uma disposição de abdicar de direitos em favor de outros crentes, em geral, e de uma autoridade ordenada, em particular, neste caso, o seu próprio marido.

Maridos não são para tratar as suas esposas como escravas, latindo comandos para elas; eles são para tratar as suas esposas como iguais, assumindo a sua responsabilidade, dada por Deus, de cuidar, de proteger e proporcionar-lhes sustento.

Da mesma forma, esposas cumprem sua responsabilidade, dada por Deus, quando se submetem voluntariamente aos seus próprios maridos. Isso reflete não apenas a profundidade da intimidade e vitalidade na sua relação, mas também o senso de propriedade que uma esposa tem para seu marido.

Tenha em mente que a submissão da esposa exige participação inteligente: "Uma sujeição apática, mecânica, não é desejável, se é que isso é possível. A percepção rápida, o discernimento moral claro, o bom instinto de uma mulher fazem dela uma conselheira cuja influência é inestimável e quase sem limites" (Charles R. Erdman, As epístolas de Paulo aos Colossenses e a Filemon [Philadelphia: Westminster, 1966], 103).

Elisabeth Elliot, escrevendo sobre "A essência da feminilidade", oferece um resumo do ideal de Deus para esposas:

Diferentemente de Eva, cuja resposta a Deus foi calculada e interesseira, a resposta da virgem Maria não traz nenhuma hesitação quanto a riscos, ou perdas, ou a interrupção de seus próprios planos. É uma auto-entrega total e incondicional: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1:38). Isto é o que eu entendo ser a essência da feminilidade. Significa rendição.
Pense numa noiva. Ela entrega a sua independência, o seu nome, o seu destino, a sua vontade, ela mesma para o noivo em casamento... O espírito manso e quieto do qual Pedro fala, chamando-o “precioso diante de Deus” (1 Pedro 3:4), é a verdadeira feminilidade, que encontrou o seu exemplo ideal em Maria (John Piper, Recuperando a Masculinidade e Feminilidade Bíblicas [Wheaton , Ill.: Crossway, 1991], 398, 532, ênfase acrescentada).

Instruções divinas para Maridos

Depois de dar as diretrizes divinas para a submissão da esposa, Paulo dedica os próximos nove versículos de Efésios 5 à explicação do dever do marido de se submeter à sua esposa através do seu amor por ela: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela" (v. 25). O modelo do amor do Senhor pela Sua igreja é o modelo do amor do marido por sua esposa, e ele se manifesta de quatro maneiras.

O amor sacrificial

Cristo amou a igreja, "entregando-se a si mesmo por ela." O marido que ama sua esposa como Cristo ama Sua igreja vai desistir de tudo o que ele tem por sua esposa, incluindo a sua vida se for necessário.

A maior parte de vocês, maridos, daria um aval verbal favorável a isso -- literalmente morrer por sua esposa é uma possibilidade tão remota para a maioria de vocês. Mas eu especularia que é muito mais difícil fazer sacrifícios menores, porém reais, por ela.

Maridos, quando vocês põem de lado os seus próprios gostos, desejos, opiniões, preferências, e bem-estar para agradar à sua esposa e satisfazer as necessidades dela, então vocês estão realmente morrendo para si mesmos a fim de viver viver para sua esposa. E é isso que o amor de Cristo exige.

O amor que purifica

Cristo amou a igreja de maneira sacrificial, com este objetivo em mente:

Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (v. 26-27).

O amor quer somente o melhor para a pessoa quem ama, e não pode suportar que alguém que ama seja corrompida ou enganada por qualquer coisa má ou nociva. Se você realmente ama sua esposa, você vai fazer tudo o que estiver em seu alcance para manter a santidade, virtude, e pureza dela, a cada dia da sua vida.

É óbvio que isto significa que você não fará nada que possa desonrá-la. Não expô-la ou deixá-la aceitar qualquer coisa que possa trazer mácula em sua vida. Não tentá-la em pecar por, digamos, induzir uma briga ao tocar em um assunto que você sabe que é sensível para ela. O amor sempre procura purificar.

O amor que sustenta

Um outro aspecto do amor divino é este:

Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja (vv. 28-29).

A palavra traduzida "sustenta" significa literalmente "aquecer com o calor do corpo" -- é usada para descrever um pássaro sentado no seu ninho (por exemplo, Deut. 22:6). Maridos, vocês devem proporcionar um refúgio certo, quente, seguro para a sua esposa.

Quando a sua esposa necessitar de força, dê-lhe força. Quando ela precisar de incentivo, dê-lhe incentivo. O que quer que ela necessite, você é obrigado a fornecer o melhor que puder. Deus escolheu você para sustentá-la e protegê-la, para nutri-la e acalentá-la, e a fazê-lo ", como também o Senhor à igreja."

O amor inquebrável

Para que um marido ame a sua esposa como Cristo ama a Sua igreja ele deve amá-la com um amor inquebrável. Nesta citação direta de Gênesis 2:24, Paulo enfatiza tanto a permanência quanto a unidade do casamento: "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne" (v. 31). E o padrão de Deus para o casamento ainda não mudou.

Maridos, a sua união com a sua esposa é permanente. Quando você se casou, você teve que sair, unir-se, e tornar-se um com sua mulher -- nunca volte atrás nisso. Deixe sua esposa descansar na segurança de saber que você pertence a ela, para toda a vida.

Assim como o corpo de Cristo é indivisível, o ideal de Deus para o casamento é que ele seja indivisível. Assim como Cristo é um com a Sua igreja, você maridos são um com suas esposas.

Paulo continua, dizendo: "Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja." (v. 32). Por que é que o amor sacrifícial, que purifica e cuida é tão fortemente enfatizado na Escritura? Porque a santidade da igreja está unida à santidade do casamento.

Cristão, o seu casamento é um testemunho da relação entre Cristo e a Sua noiva, a igreja. Seu casamento, ou irá dizer a verdade sobre essa relação, ou ele irá dizer uma mentira.

O que o seu casamento está dizendo ao mundo que o observa? Se vocês andarem na força do Espírito, se renderem à Sua Palavra, e forem mutuamente submissos, vocês podem ter certeza que Deus irá lhes abençoar abundantemente e glorificar o Seu Filho por meio do casamento de vocês.

Adaptado de Different By Design, por John MacArthur